quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

Lendas: Marco Van Basten (nº3)

Marco van Basten

Marco Van Basten teve apenas dois clubes na sua carreira como jogador, Ajax e AC Milan

 No Ajax para se aperfeiçoar costumava descrever em desenhos as jogadas dos seus principais ídolos, de Johan Cruijff a Didier Six. Foi no Ajax (clube de Cruijff) que ele fez a sua estreia em 1982. Não poderia ter tido melhor estreia ao substituir o próprio Cruijff e marcando até um golo. Contudo não seria o único jogo onde Van Basten iria substituir Cruijff, mas também no coração dos adeptos do Ajax e da seleção holandesa, pela qual se estrearia já no ano seguinte.

Dono de uma grande noção de posicionamento, postura imponente e elegante, velocidade e espírito coletivo, além de um enorme faro para golo. Foi campeão holandês logo na 1ª temporada como profissional.

Desde aquele tempo outros dois factos já apareciam, a amizade com Frank Rijkaard e a sua fragilidade exposta com as pernas longas e poucos músculos, o que foi logo notado, pelos defesas adversários. Irritava-se com facilidade com os adversários e respondia às pancadas que sofria, retribuindo-as. No entanto deu-se mal, teve a sua primeira lesão séria, no tornozelo quando tentou fazer uma falta num jogo do campeonato holandês (conhecido também como Eredivisie). Não conseguindo retribuir a mesma violência que recebia, resolveu responder os adversários com humilhações em campo.

Com o Ajax, foi novamente campeão e vencedor da Taça, na sua segunda temporada, e a última de Cruijff como jogador do clube. Viria a ganhar um terceiro título no campeonato, em 1985. No ano seguinte ficaria marcado por dois triunfos, um na Taça e o retorno de Cruijff como treinador do clube. Na temporada de 86/87, catorze anos após a última conquista na Liga dos Campeões (na altura ainda chamada Taça dos Campeões Europeus), na Taça das Taças, que era o segundo torneio interclubes, de maior prestígio no continente.

A conquista do título no Ajax, foi o seu ápice, pelo qual vinha sendo o goleador do campeonato desde 1984. Com isso chamou a atenção o AC Milan, que se vinha a reerguer depois de uma passagem no inicio da década, pela segunda divisão italiana.

O Milan acabaria por contratar também Gullit, e não demoraram muito a afirmar-se no clube, logo na temporada de estreia, acabariam com um jejum de 9 anos, conquistando o título italiano, onde marcou no jogo decisivo, fora de casa frente ao principal rival, Nápoles de nada mais, nada menos do que da "Mão de Deus" Diego Armando Maradona. O duo viria a tornar-se um trio, com a adição também de Frank Rijkaard, O final da época seria coroado com o título inédito da seleção holandesa no Europeu

O título continental, as duas bolas de ouro e o bicampeonato na Taça dos Campeões colocaram Van Basten e a Holanda como favoritas como um dos favoritos ao Mundial de 1990, primeiro mundial em 12 anos, e decepcionaram, ele que vinha também como o melhor marcador do campeonato italiano, não marcou. A Holanda terminou o Mundial nos oitavos de final pela RFA pela qual voltava a cair.

Em 1992 chegou ao Europeu novamente como artilheiro (e campeão) italiano, não desencantou. O novo posto de artilheiro mostrava-se ocupado por um jovem chamado Dennis Bergkamp, a quem aconselhava no Ajax. Nas meias finais, Van Basten foi o único a falhar uma grande penalidade frente à Dinamarca, que chegava à final e seria inclusive campeã da Europa. Ainda assim, Van Basten terminou o ano, recebendo a Bola de Ouro e o prémio de melhor do mundo pela FIFA

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

Lendas: Paolo Maldini (nº2)


Considerado o maior defesa central de todos os tempos pela FIFA, foi campeão italiano por 7 vezes pelo AC Milan, e venceu ainda 5 Liga dos Campeões.

Em 1995, foi considerado o segundo melhor jogador do mundo pela FIFA, ficando atrás do colega de equipa George Weah.

Maldini que só conheceu um clube durante toda a sua carreira, o AC Milan, fez formação de 1978, a 1984, e carreira profissional de 1984 até 2009.

Estreou-se aos 16 anos, pelas mãos de Nils Liedholm, a 20 de Janeiro de 1985, frente à Udinese.

Jogou 118 vezes na Liga dos Campeões, tendo ganho-a por 5 vezes, fez ainda 21 jogos na Taça Uefa, onde não conquistou qualquer título. Venceu 5 vezes a Supertaça Europeia

A 28 de Maio de 2003 venceu a final da Liga dos Campeões frente à Juventus, exatamente 40 anos após ter sido o seu pai, Cesare Maldini a vencer o troféu.

Foi o jogador a marcar o golo mais rápido de uma final da Champions, aos 51 segundos, frente ao Liverpool em 2005

Retirou-se em 2008/2009, com o último jogo a ser disputado frente à Fiorentina (venceu por 2-0), a 31 de Maio de 2009. Ao todo fez mais de 1000 partidas, 900 deles pelo AC Milan, conquistou mais de 27 títulos, entre outros prémios.

Estreou-se aos 19 anos pela Itália, num empate 1-1 frente à Jugoslávia, num amigável disputado, a 31 de Março de 1988. Disputou 3 europeus (1988, 1996, e 2000), onde foi vice campeão no primeiro ano do novo século. Representou a Itália em 3 mundiais nos anos 90 (1990, 1994 e 1998), 1998, onde foi treinado pelo seu pai, Cesare Maldini, e em 2002, após a eliminação do mundial retirou-se da seleção

Palmarés:

7 campeonatos de Itália (1988, 1992, 1993, 1994, 1996, 1999, 2004)
5 supertaças de Itália (1988, 1992, 1993, 1994, 2004)
5 Ligas dos Campeões (1989, 1990, 1994, 2003, 2007)
5 Supertaças Europeias (1989, 1990, 1994, 2003, 2007)
10 Troféus Luigi Berlusconi (1992, 1993, 1994, 1996, 1997, 2005, 2006, 2007, 2008, 2009)
2 Taças Intercontinentais (1989, 1990)
1 Taça de Itália (2003)
1 Campeonato do Mundo de Clubes (2007)

Individuais:
Seleção do Mundial e jogador do ano pela World Soccer (1994)
Seleção do Europeu (1996 e 2000)
Seleção da UEFA (2003)
Melhor jogador do Mundial de clubes (2003)
FIFPRO World XI (2005)

terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

Lendas: Oliver Kahn (nº1)


   Oliver Rolf Kahn de 47 anos, antigo Guarda Redes alemão, que apenas conheceu dois clubes na sua carreira, fez a sua formação no Karlsruher, de 1987 até 1994 onde também viria a começar a sua carreira profissional
 
   Estreou-se com 21 anos de idade na Bundesliga, e ao fim de três temporadas, já era considerado um dos melhores guarda redes alemães. Em Outubro de 1993 foi convocado pela 1ª vez aos 24 anos para a seleção alemã, embora não se tenha estreado. Estreou-se pela Alemanha em Junho de 1995 frente à Suíça. No Euro 96 em Inglaterra e no Mundial 98 em França, o guarda redes alemão, seria o suplente de Andreas Kopke. Só após Andreas Kopke renunciar à seleção é que Oliver Kahn agarrou a titularidade na seleção principal alemã.

Em 2000 ao serviço do Bayern de Munique teve a sua melhor fase da carreira, sendo eleito o melhor jogador do campeonato alemão desse respetivo ano e inclusive tendo sido eleito o melhor guarda redes da Europa. Na época 2001/2002 venceu o 4º título pelo Bayern de Munique e também a Liga dos Campeões

No Mundial 2002, disputado na Coreia e no Japão, conseguiu um feito inédito, ter sido considerado o melhor jogador da competição, sendo ele o principal responsável pela campanha da Alemanha, chegando inclusive à final, perdendo essa mesma final frente à seleção "canarinha". Em Dezembro de 2002, foi considerado o segundo melhor jogador pela FIFA, apenas atrás de Ronaldo (brasileiro)

No Mundial 2006 na Alemanha foi praticamente sempre suplente, exceto, na partida do 3º e 4 lugar contra a seleção portuguesa onde a Alemanha acabaria por vencer por 3-1

Foi considerado o guarda redes mais completo da história do futebol.

Aposentou-se a 17 de Maio de 2008, no encontro entre o Bayern de Munique e o Hertha de Berlim, que terminaria com a vitória bávara por 4-1

Palmarés:

1 Taça Intercontinental (2001)
1 Liga dos Campeões (2001), finalista em (1999)
1 Taça Uefa (1996)
1 Supertaça Europeia (2001)
8 Campeonatos (1997, 1999, 2000, 2001, 2003, 2005, 2006, 2008)
6 Taças da Alemanha (1998, 2000, 2003, 2005, 2006 e 2008)
6 German League Cup (1997,1998, 1999, 2000, 2004, 2007)

Finalista do Mundial 2002
1 Campeonato da Europa (1996)